Re: Angra dos Reis - Albert Heins, Ágatha Donner e Charlotte Hawthorne

por **Ágatha Donner** Dom Jan 20, 2013 3:58 pm

Vi-me sem escolha, e a noite chegava. Não estava impressionada pelo cair da noite, era uma Caçadora e a noite minha eterna companheira. Todavia reconheci que talvez o garoto precisasse da minha ajuda. Era um filho de Poseidon, afinal, e seu cheiro era forte. Monstros viriam certeiros contra o garoto, atraídos pela possibilidade de provar do sangue de um semideus poderoso. Além de tudo isso, a parte que ele disse sobre a queda do ocidente me deixou em alerta. Havia uma força que poderia ameaçar o Olimpo.

-Titãs... – sussurro para o nada, sentindo um calafrio de medo – Mostre o caminho, Albert.

Os titãs haviam conseguido se libertar? A maioria estava presa em um sono eterno, causado pela Era dos Deuses... Como ele poderia ter acordado? Sigo o garoto mata adentro, ficando tensa a cada passo. A noite também era quando os monstros mais terríveis saiam de suas tocas. Deixo minhas armas embainhadas pelo momento, ainda não havia necessidade de ficar hostil.

-O que mais você sabe sobre a guerra? – pergunto para Albert, com o tom um pouco suavizado e mais curioso – Onde estão os deuses? Seu pai fala contigo?

por **Albert Heins** Dom Jan 20, 2013 4:47 pm

Vejo que finalmente ela decide me ouvir, então vou andando em direção ao hotel, felizmente meu quarto possui duas camas em locais separados, então não seria um problema pra mim deixar ela dormir lá, agora que estava de noite fiquei o mais atento possível pois normalmente a essa hora eu já estaria no hotel ou em algum lugar mais movimentado onde uma criatura não pudesse me encontrar ou eu pudesse simplesmente me misturar na multidão até encontrar um local mais seguro. Felizmente ela parecia ser uma boa lutadora, pra uma mulher. Começo a dizer enquanto continuo andando.

- O que eu sei sobre a guerra é bem pouco, lugares sendo destruídos e vidas sendo perdidas. Os deuses estão bastante ocupados, por isso eles não possuem tanto tempo para explicar como está a situação no momento. Falo isso de maneira mais séria, deixando meu tom de deboche totalmente de lado, dou uma breve pausa e continuo.

- Eu estou procurando um jeito de ficar forte o suficiente para poder ajudar meu pai, no entanto entrei nesse "mundo" de deuses a pouco tempo, as únicas instruções de meu pai foram que eu deveria ficar forte, e a pessoa ou ser, não sei exatamente o que aquilo era, que me entregou meu tridente não teve muito tempo de me explicar nada, já que fui atacado logo após isso.

Olho um pouco para trás para ver a cara que Ágatha faz quando eu digo isso, tenho certeza que ela não gostou muito dessas notícias pois não acho que ela goste muito de mim.

- E você o que sabe? disse um pouco curioso mas sem me distrair muito.

por **Hera** Dom Jan 20, 2013 6:02 pm

Os dois vão andando e conversando até o hotel.
Mas acabam não indo muito longe.

Um pouco depois de entrarem nas ruas da cidade, e antes de Ágatha ter oportunidade de responder à pergunta, se deparam com um vulto grande e assustador vindo em sua direção.
Já está consideravelmente mais escuro agora, mas os campistas conseguem perceber que o vulto carrega uma arma - um machado grande.

Minotauro: 300/300

por **Charlotte Hawthorne** Dom Jan 20, 2013 9:43 pm

Eu sorri com genuína felicidade quando coloquei os pés na areia naquela tarde. Não me entendam mal; não quero parecer a típica adolescente de 17 anos que adora reclamar da própria vida. Mas a verdade é que coisas estranhas acontecem comigo desde que me entendo por gente, e hoje não foi uma exceção.

Bom, vamos pelo início. Meus pais se apaixonaram em uma reunião do colégio deles. Meu pai até hoje diz que, por mais que eles tenham feito o colegial juntos, ele precisou ver minha mãe naquele lindo vestidinho azul para notá-la como a mulher da vida dele. É fofura de dar diabetes.

Então... eu nasci. Minha mãe disse que nasci em uma noite de ventania, enquanto ela estava dançava em uma festa, vestida de Branca de Neve. O que uma mulher grávida de 9 meses tinha em mente ao sair pra dançar a macarena em uma festa à fantasia numa noite chuvosa ainda é um mistério pra mim. Porém, por outro lado, essa é minha mãe... acho que é o charme dela.

Com o tempo, comecei a ver muito dos meus pais em mim -- com a educação rígida do meu pai, me tornei mandona e metódica; pelos genes herdados da minha mãe, tive essa inclinação a ser dramática, curiosa e exagerada.

Eu passei a minha vida toda me mudando muito; meu pai era fuzileiro naval, e sempre arranjava trabalho em lugares diferentes -- o que nos dava muitas oportunidades para "novos começos", como ele gostava de pontuar. Mesmo como criança eu compreendia que devia concordar e agir como se tudo estivesse bem, para que ele não se sentisse mal com a instabilidade de vida que me propiciava. Então nos mudamos. Para todo lugar; desde alguns ótimos anos na Grécia, até aquele triste verão no litoral do Espírito Santo, e agora em Angra dos Reis. E para todo lugar que eu ia, parecia que a confusão me seguia.

Hoje era mais um desses dias fatídicos. Eu havia acabado de me formar no colégio, e não estava tendo muita sorte em conseguir um bom emprego para pagar meus estudos pra faculdade de Cinema; fica difícil ter referências quando seus empregos de verão foram todos em países da Europa, e minha dislexia e DDA não ajudavam em nada. Além de tudo, chovia muito, e eu obviamente tinha esquecido o guarda-chuva em casa. Ninguém em sã consciência consegue pensar em coisas como futuro, faculdade e emprego quando teve um dia tão ruim assim e está embaixo de um toró. Então eu só fui para a praia relaxar um pouco.

Spoiler:

por **Ágatha Donner** Seg Jan 21, 2013 9:33 am

Eu estava perto de começar a falar sobre a profecia de Apolo quando um minotauro surge. Já não era sem tempo! Afinal, eu era filha de Zeus e o garoto de Poseidon, nosso cheiro combinado atrairia qualquer monstro em um raio de quilômetros. Espanto-me com o machado na mão do monstro, realmente eles haviam se aprimorado desde a última vez que eu havia lutado. Analiso rapidamente nosso ambiente, pensando em pontos elevados de onde eu poderia ter uma visibilidade melhor, caso ache um, corro para lá pegando o arco da aljava e uma flecha.

-Queria um desafio? Ai esta, Albert. Faça a linha de frente, se acha que não dá conta me chame. – falo autoritária enquanto corria, estava acostumada a ser obedecida.

Ao chegar no ponto elevado, ou apenas um local com melhor visibilidade, engato uma flecha no arco. Acalmo a respiração, lembrando das milhares de vezes que havia disparado uma flecha como aquela, será que eu ainda me lembrava como matar um monstro? Miro no ombro direito do minotauro, sabendo que eu deveria ao menos debilitá-lo para que não matasse o Heins. Acalmo meu coração, sentindo o poder de Ártemis correr mais uma vez pela minhas veias.*

-Por Ártemis! – sussurro antes de atirar a flecha.

*Flecha Certeira I: A caçadora de Ártemis pode soltar uma flecha, com aumento de 50% de chances de acerto. Requer 40 pontos de energia e entra em espera por 1 turno

Passivas:
Semi-Imortalidade: Após fazer seus votos, as caçadoras ganham juventude e vida eterna, perecendo somente em batalha.
Resistência Elétrica: O filho de Zeus pode suportar qualquer descarga elétrica em seu corpo, sem sofrer qualquer abalo ou dano.

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 11:16 am

Ágatha, quando percebe a criatura, sobe no muro de uma casa para conseguir uma linha de tiro melhor.
Ela mira o ombro do monstro, acertando em cheio [-70] e fazendo-o derrubar a arma que carrega.
O minotauro, uivando de fúria e dor, se vira para o filho de poseidon a sua frente, pronto para atacar.
[-40 de energia]
[-25 de stamina]

Minotauro: 230/300

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 11:28 am

Uma chuva fraca cai sobre a praia.
A chuva afugentara os turístas, tornando a praia quase completamente vazia.
No entanto, duas cadeiras de praia e uma mesa ainda estão armadas na areia, um pouco distantes da semideusa.
Ela têm uma sensação estranha... como se a mesa tivesse sido posta pra especialmente para ela...

por **Charlotte Hawthorne** Seg Jan 21, 2013 11:41 am

A chuva fraca começava a embaçar minha visão; tive que repetir algumas milhares de vezes a irritante tarefa de tirar uma mecha de cabelo do olho para poder enxergar algo à minha frente. Minhas roupas começavam a pesar no meu corpo, e eu podia sentir o vapor quente do asfalto atrás de mim subindo, aliviado com as gotas de chuva depois de um dia de sol escaldante...

Então eu vi; mais a frente, duas cadeiras de praia e uma mesa. Por algum motivo, pareceu certo eu andar até lá e sentar-me. E foi o que fiz. Meu coração estava meio apertado durante todo o percurso; uma mistura de ansiedade com a sensação de que eu não estava sozinha ali.

Já sentada, eu encostei minha bolsa e meus sapatos (que eu estava carregando esse tempo todo) no chão ao meu lado. Apoiei os cotovelos na mesa e apenas encarei a outra cadeira vazia. Esperei, sem saber bem pelo que.

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 12:17 pm

Um homem sai de um quiosque próximo carregando uma taça.
Ele a coloca na frente da garota, e depois se retira.
Ela fica confusa, mas quando olha para trás para observar o homem, ele já havia desaparecido.
A sua frente, ela tem uma taça de suco de uva - juntamente com um bilhete.

"Cuidado com os monstros"

Ela se vira novamente e percebe que, cravada na areia, bem atrás de sua cadeira, está uma espata.
Seu pai, Dionísio, manadara alguns presentes... e bem a tempo, pois, ao longe na praia, surgindo no meio da névoa causada pela chuva fraca, ela percebe um vulto ameaçador...

por **Albert Heins** Seg Jan 21, 2013 12:40 pm

Ao ver que a flecha acerta bem no ombro da criatura fazendo largar a arma olho rapidamente para Ágatha e digo com um tom meio brincalhão.

- Bom tiro.

Ao dizer isso volto minha atenção totalmente para a criatura, tento fazer uma análise rápida da situação, pois como estava muito escuro não conseguia ver direito aonde exatamente estava o inimigo, assim que consigo ver mais ou menos onde ele está e qual o tamanho dele, vou avançando lentamente para um local mais iluminado sempre atento aos movimentos dele, caso ele tente recuperar a arma ou me atacar antes de chegar no local dou uma rápida investida junto com uma forte estocada mirando no pescoço da criatura ou no peito e depois volto e fico em posição de defesa num lugar mais iluminado e se possível tento formar um triângulo em nossas posições assim evitaria qualquer caso de ~~uma flecha acertar em mim sem querer...~~ "fogo amigo" .

Caso ele desista de sua arma, fico parado na luz e tento provocar a criatura chamando-a pra cima de mim, assim que ela se aproximar o suficiente e eu conseguir observa-la atentamente sabendo as dimensões de seu corpo e analisando seus possíveis pontos fracos, atiço-a mais um pouco até ela me atacar, desvio da maneira que conseguir e tento derruba-la usando meu tridente ou perfura-la no peito ou nas costelas, o que for a melhor opção no momento, em seguida tento me posicionar da mesma maneira que citei anteriormente.

por **Charlotte Hawthorne** Seg Jan 21, 2013 12:50 pm

Sabe quando você está em um dia terrível, e aí comete a besteira de pensar "bem, pior que isso não fica"? E aí o destino, todo cheio das piadinhas sem graça, mostra que PODE MUITO BEM FICAR PIOR SIM? Pois é. Esse é um desses dias.

Eu estava esperando por... não sei, talvez um sinal. E ele chegou. Na forma de um cara esquisitão que largou uma taça de suco de uva com um bilhete ameaçador em cima da minha mesa, e foi embora. E aí, como se nada pudesse ficar mais estranho... eu ouço um barulho de aço sendo esfregado contra a areia, e quando me viro... tem uma ESPADA cravada no chão.

Me ocorreu por um segundo ir atrás daquele homem e exigir alguma explicação, mas o choque me tomou de leve, de forma que eu só consegui ficar ali, paralisada e toda molhada, com cara de quem tinha fugido do grupo de excursão das crianças "especiais". Eu até poderia começar a rir -- ia se tornar uma história esquisita pra se contar no meio da roda de amigos, exceto pelo que aconteceu a seguir.

Um vulto de formatos anormais se aproximava. Eu forço meus olhos para enxergar, mas há névoa e chuva atrapalhando minha visão. Algo dentro de mim grita para eu acordar e tomar alguma atitude. Essa mesma voz grita que estou em perigo, e se não agir logo, algo muito ruim vai acontecer.

Uma parte de mim que eu nunca havia conhecido pulou com habilidade da cadeira em que estava sentada e empunhou a espada em questões de milésimos de segundo. Eu brandia ameaçadoramente aquela arma, com habilidade, e algo dentro de mim se expandia; como se eu estivesse pela primeira vez notando aromas que nunca havia notado antes (óleo sujo para fritar pastel e algo muito fétido, que ainda não tinha sentido em minha vida), ouvindo cada estalar de galhos secos e conchas do mar sob os pés de meu agressor, e minha visão não parecia mais turva e embaçada. Algo grandioso havia despertado dentro de mim, e eu tinha a impressão de que logo me seria útil.

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 1:19 pm

Albert chama a atenção da criatura para debaixo de um poste de luz.
O monstro acaba esquecendo seu machado para trás.
O minutauro corre na direção do campista, que desvia no ultimo minuto e ataca com o tridente - mas devido a velocidade do monstro, não causa danos muito profundos [-70]
O monstro agora está a dois metros de distancia do semideus, pronto se lançar sobre ele novamente.

Minotauro: 160/300

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 1:42 pm

Charlotte pega na espata e se concentra no inimigo a frente.
A forma ameaçadora logo começa a tomar forma e a menina percebe um minotauro vindo em sua direção.
Ele para a alguns metros de distancia. E começa a correr na direção da garota, para uma investida.
Ela só tem alguns segundos para decidir o que fazer até que o monstro a acerte.

Minotauro 300/300

por **Ágatha Donner** Seg Jan 21, 2013 3:15 pm

Comemoro meu sucesso com um leve sorriso. Ótimo, eu achava que estaria mais enferrujada. Não só havia acertado onde planejei, mas também o minotauro havia soltado a arma. Eu havia planejado que ele fosse prejudicado apenas, mas o resultado havia sido melhor do que o esperado. Então era hora de ver o que o filho de Poseidon poderia fazer.

Observei atenta aos movimentos do garoto, enquanto puxava mais uma flecha para o arco. Ele tinha jeito de lutador, e poderia ser um grande herói com alguma prática. Pena que era um homem, então jamais iria poder ser considerado alguém de importância. Respiro fundo novamente, puxando o arco até sua tensão máxima e observando o desenrolar. O minotauro iria atacar o garoto em breve, estavam próximos de mais.

Miro no pescoço do minotauro. Era um alvo consideravelmente mais fácil, visto que eles tem um pescoço bem grande. E mesmo se errasse, acertaria o ombro. Espero um momento oportuno, seguindo o meu alvo com a ponta da flecha, e antes do monstro atacar Albert atiro minha flecha.

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 4:51 pm

O minotauro se vira para atacar Albert, e Ágatha aproveita para lançar mais uma flecha [-60] ele se vira para a caçadora, finalmente localizando-a
Nisso, abre uma brecha para que Albert ataque.
[- 30 de stamina pra ágatha]
[-25 de stamina pro albert]

Minotauro: 100/300

por **Albert Heins** Seg Jan 21, 2013 5:17 pm

Vendo que a Criatura estava de costas para mim, aproveito e dou uma estocada bem no meio das costas dela com força total, mirando no coração, esperando que esse seja o golpe final aproveito e vejo se consigo pegar aquele machado que ele derrubou anteriormente, após verificar isso ou pegar o machado para mim, volto para Ágatha e pergunto.

- Porque essas criaturas insistem em nos atacar? Eu sei que somos seus inimigos mas não é muito inteligente atacar dessa maneira.

Enfim espero ela descer do muro enquanto aguardo sua resposta, após isso continuo a dizer

- É melhor sairmos daqui agora, pode ser que ele esteja acompanhado. Ao dizer isso recomeço a andar em direção ao Hotel.

por **Hera** Seg Jan 21, 2013 5:43 pm

Albert/Ágatha

Albert, que já se acostumara mais com seu tridente, consegue dar um golpe fatal no minotauro, que explode em uma nuvem de pó.
Ele recomeça a andar na direção do hotel, junto com a caçadora.

Exp máxima: 200
Nota Albert: 0.9
Nota Ágatha: 1.0
Exp Albert: 180
Exp Ágatha: 200
Dracmas Albert: 135
Dracmas Ágatha: 150
Albert: perícia com lanças [+10]
Ágatha: perícia com arco: [+15]

por **Ágatha Donner** Seg Jan 21, 2013 7:24 pm

Quando Albert finaliza o monstro guardo a flecha que já estava em minha mão na aljava. Vou até o garoto, e recolho as flechas que puder utilizar da batalha. Normalmente eu não me importaria com isso, Ártemis fazia flechas surgirem magicamente para suas caçadoras durante as caçadas, mas minha deusa estava longe no momento... Espanto a tristeza de não estar com as minhas irmãs e ouço o filho de Poseidon me perguntar por que estávamos sendo atacados. Franzi o cenho...

-Você realmente esta perdido nesse mundo, não está?

Por um instante tenho um flash da primeira vez que havia sido atacada por um monstro. Havia sido na Alemanha, um esqueleto invocado por um filho de Hades nazista. A criatura havia-me apavorado tanto, e eu havia eletrocutado seu corpo com tanta força que metade do quarteirão ficou sem luz naquela noite. Sorrio com a lembrança e caminho com o garoto em direção ao hotel. Naquela noite no hotel lhe expliquei o que sabia sobre o mundo meio-sangue, e era bastante. Cheiro, monstros, Olimpo sendo em Nova Iorque, sobre os titãs, brigas de família, falei um pouco da segunda guerra e finalmente cheguei à parte que estava me incomodando o tempo inteiro.

-Haviam acampamentos meio-sangue nos EUA... Uma vez, minha senhora nos forçou a ficar nele enquanto saia em uma caçada particularmente perigosa... Lá, heróis eram treinados por um centauro, Quíron... Talvez devêssemos tentar ir para lá.

Mordi o lábio e fiquei surpresa com a ação. Eu não estava mais tão incomodada com o fato de Albert ser homem, mas isso não queria dizer que confiava ou gostava dele. Provavelmente os anos sob o feitiço de Ártemis haviam abaixado minhas defesas quanto a eles. Tiro a dúvida da minha mente, não era bom ficar pensando nos efeitos colaterais da minha perda de memória. Eu poderia, muito bem, descobrir que não me lembrava o rosto de minha mãe...

-Vá dormir. – falo para Albert de súbito, eram quatro horas da manhã – Irei ficar de vigia, pelo menos até o amanhecer. Quero ter certeza que esse hotel é seguro o suficiente.

Sem esperar resposta salto pela janela do quarto, caindo no solo e correndo ao redor do hotel. Ele era simples, mas de bom gosto. Estava localizado mais afastado da cidade, e tinha a mata atlântica ao seu redor. O dono parecia ser um daqueles biólogos malucos que pretendem viver a vida ao natural o que era perfeito para mim. Após minha varredura ao longo do hotel, posiciono-me em uma árvore alta perto da janela do quarto de Albert... Olho
para a lua, com o arco nos joelhos.

“Milady... Você disse que usaria todas as suas forças para que eu nunca mais tivesse de pegar um arco... Se isso aconteceu, o que terá acontecido com o Olimpo? Por favor, esteja bem... Por favor, esteja viva...”

O primeiro dia amanheceu sem nenhum incidente. Eu estava um pouco dolorida de ter dormido na árvore, mas a dor apenas me lembrava de meus tempos de caçada e me deixava mais entusiasmada. Após um rápido almoço composto de frutas que havia achado na região, e um copo de café que peguei no salão do hotel, avisei para Albert que iria treinar.

Minha mira parecia prejudicada, como um músculo que não era exercitado fazia muito tempo. Queria saber se minha esgrima também havia piorado. O filho de Poseidon resolve me acompanhar e vamos para a praia, um local que o favoreceria. Deixei minhas armas apoiadas em uma árvore e fomos mais para perto do mar.

-A primeira coisa que deve saber sobre um tridente... É que ele não vai te ajudar se seu oponente chegar perto de mais. – falo instantes antes de avançar contra o garoto.

Defendi de dois golpes antes de conseguir quebrar sua defesa por me aproximar. Segurei seu tridente com a mão livre, e levei minha espada para próximo de sua garganta. Larguei a arma e recuei. Arquei a sobrancelha, esperando que ele me atacasse. O golpe veio dura e distante, me forçando a suar um pouco. É eu estava realmente enferrujada.

Duas horas depois estávamos ambos exaustos, cada um distante um do outro, porém com as armas em punho. Após várias esquivas, defesas, ataques, contra-ataques, provocações e um xingamento aqui e ali, percebi que o garoto realmente era tão orgulhoso quanto qualquer filho de Poseidon que eu havia conhecido. Permiti-me um sorriso, antes de embainhar a espada e declarar o treino encerrado. Fomos para o hotel, exaustos, e naquela noite deixe me desabar na cama que havia no quarto do garoto, sem nem ao menos tomar um banho.

A manhã do segundo dia estava chuvosa. Acordei com um barulho de trovão, quase esperando ver meu pai ali no quarto, olhando-me com reprovação pelo meu estado. Tomei um banho e vesti as mesmas roupas. Eu tinha uma mochila em uma caverna mata adentro com alguns pertences e dinheiro. Peguei minhas armas e saltei pela janela em direção á mata. Albert ainda estava dormindo e eu lhe deixei lá.

Subi a mata a pé. Sujando-me completamente no processo, e agradecendo que eu tinha uma troca de roupa na mochila. Não havia trilha para minha caverna, e duas vezes tive de me guiar pela posição do sol e do musgo para saber onde me encontrava. Depois de duas horas subindo e quase me machucando seriamente algumas vezes quando pisava em um lugar em falso e caia no chão, cheguei à minha caverna. Não tinha nada de especial nela, apenas era em um lugar elevado, protegido por algumas folhas de bananeira que eu mesma havia colocado ali. Dentro havia espaço para que eu me deitasse, e para minha mochila que ainda estava lá. Justamente quando entrei na caverna, um temporal desabou. Fiquei observando a tempestade, sentindo salpicos de água no rosto, enquanto esperava ela passar. Outro trovão extremamente forte me fez pensar com saudade.

“Não vou me preocupar com você, pai. É o Rei do Olimpo, e tenho certeza que está bem...”

A noite, voltei para o Hotel, entrando diretamente no chuveiro e saindo de lá com roupas limpas. Dirigi um olhar para Albert, e o chamei para irmos jantar com um gesto.

-Então, como foi seu dia? – perguntei em um tom levemente interessado.

por **Charlotte Hawthorne** Seg Jan 21, 2013 10:07 pm

Spoiler:

Eu pude ver aquela criatura (metade homem, metade... boi?) correndo em direção a mim. Ele inclinava seus chifres em minha direção, e eu tive a impressão que estava de volta à mais uma corrida de touros de Pamplona, naquele semestre na Espanha. Meu pai sempre me proibia de ir, mas por algum motivo, esse tipo de perigo despertava algo em mim.

Então eu percebi; essa era eu. Eu gostava de lutar. E a melhor coisa que podia acontecer no momento, era eu me sentir confiante sobre o que fazer. Eu esperei na minha posição de ataque para que a criatura estivesse a dois palmos de mim. Eu então rapidamente joguei minha espada para cima de forma ligeiramente angular o mais rápido que podia -- o peso dela ia me atrasar para o que eu tinha que fazer.

Eu deslizei com todo o meu corpo na areia pela lateral esquerda do Minotauro no último segundo, o mais abaixada possível. Eu havia logo percebido que aquela coisa não era a das mais ágeis para perceber esse tipo de movimento.

Eu estava ainda no chão, levemente ajoelhada e atenta, quando minha espada caiu em minha mão. Como minha manobra me levou para trás de meu oponente, eu apenas dei uma investida furiosa com a lâmina de minha arma, deslizando-a pelos tendões traseiros do joelho daquela criatura, na intenção de alejá-la. Seria a melhor chance que eu tinha de exterminar algo tão maior que eu. Sem conseguir ver os resultados de meu ataque, rapidamente levantei-me e fiquei em posição de defesa.

Nível 1 - Agilidade: O filho de Dionísio tem bom físico, e muito habilidoso, podendo ter esquivas mais precisas e ser mais rápido que campistas normais. Não superam filhos de Hermes.

por **Poseidon** Seg Jan 21, 2013 10:28 pm

Spoiler:

Charlotte jogou sua espata para cima e deslizou por baixo do minotauro, que simplesmente errou ela, pela sua péssima agilidade. Porém a menina, sem muita experiência em luta, jogou muito forte a espata, essa caindo, além de muito depois dela, de ponta para baixo. Se tivesse acertado a força, talvez tivesse sido perfurada, afinal não tinha a perícia necessária, ainda. (Todo o movimento: -3 de Stamina)

Levantou-se, virando para o monstro que finalmente conseguia parar e virar-se. Soltou um mugido irritado, colocou os chifres para a frente de novo e voltou a ir na direção da filha de Dionísio.

Minotauro - 300/300 HP

por **Charlotte Hawthorne** Seg Jan 21, 2013 10:37 pm

Eu erro o ataque, e agora minha espata estava cravada na areia, a uns 2 metros de mim. Ótimo. E eu achando que aquelas aulas de esgrima há uns dois anos atrás haviam servido pra alguma coisa. Mas acho que é um pouco diferente quando se luta com um oponente que gostaria LITERALMENTE de se alimentar de suas entranhas.

Eu senti que precisava ganhar um pouco de tempo para recuperar minha arma; rapidamente me abaixei, enchi minha mão de areia e joguei diretamente no olho da criatura. Então imediatamente corri para empunhar minha espata novamente, voltando à posição de defesa.

por **Poseidon** Seg Jan 21, 2013 10:50 pm

Spoiler:

A semideusa aproveita o campo de batalha e pega areia, jogando nos olhos do minotauro. O que acontece depois foi imprevisto. Abaixada e bem firmada, e o monstro sem visão, ele tropeça nela, acertando sua lateral, que fica doendo um bocado(-10 de HP), além de cair para o lado. O híbrido, após tropeçar, cai no chão a poucos centímetros de tocar com a cabeça a espata, porém se machucando um pouco com a queda, por cair de cabeça (-20 de HP). Um chifre ficou entalado na areia. Enquanto retirava-o, seria a chance da semideusa de pegar sua espata. Porém não conseguiria atacar, já estaria livre novamente após isso.

Minotauro - 280/300 HP

por **Charlotte Hawthorne** Seg Jan 21, 2013 11:34 pm

Além de ter perdido a espada, devia sair pela areia procurando por minha dignidade também, visto que meu alvo conseguiu TROPEÇAR em mim.

Percebi que o minotauro estava consideravelmente desnorteado, visto que tinha areia nos olhos e tinha acabado de bater a cabeça. Eu não queria correr o risco de ir buscar minha espada e ficar de frente com ele, cara-a-cara com aquele armário de 2 metros de altura; esse era um tipo de combate que eu ainda não tinha destreza o suficiente pra enfrentar. Eu aproveitei esses segundos de confusão da criatura para rapidamente correr em direção às cadeiras de praia postas pelo meu pai. Gritei efusivamente:

- Ei, grandão! Vem me pegar!

Queria afastá-lo de minha arma, e ganhar tempo para recuperá-la de forma segura. E sim, é uma manobra manjada, mas eu esperava que o minotauro fosse estúpido o suficiente para cair. Meu plano era; quando ele estivesse perto o suficiente, eu rapidamente subo na mesa de praia, ficando na mesma altura ou maior que o monstro. Eu pego com as duas mãos o cálice de ferro presente de meu pai e dou com a maior força possível no rosto da besta, como se manuseasse um taco de basebal, visando principalmente os olhos e o nariz (se ele não pode me ver ou farejar, as coisas ficam mais tranquilas), com suco de uva voando para todo o lado. Tento então escapar pela lateral e começo a correr em direção à minha espata.

Spoiler:

por **Albert Heins** Ter Jan 22, 2013 10:03 am

Estava um pouco cansado da luta, assim que ela me perguntou se eu estava perdido neste mundo eu assenti com a cabeça, e comecei a andar normalmente pelas ruas até chegar no hotel, onde Ágatha começou a me explicar bastante coisas sobre o "mundo" dos deuses, de inicio eu achei tudo bem confuso, mas com o tempo os pontinhos foram se ligando e consegui entender grande parte da explicação dela. "Hmm, então é por isso que sempre somos atacados." foi o que pensei assim que ela me explicara o cheiro que os semideuses emanavam, e como ambos somos filhos dos três grandes deuses, sendo Zeus e Poseidon nossos pais, nosso cheiro poderia ser sentido a quilômetros, sempre achei estranho eles sempre nos encontrarem facilmente agora eu sei bem o porque.

Quando ela começou a falar do acampamento meio sangue, franzi um pouco a testa pois sabia que as coisas não estavam muito bem lá, mas decidi não comentar por enquanto, pois não havia nada decidido ainda, o que aconteceu a seguir foi meio estranho, do nada ela mordeu o próprio lábio e me mandou dormir, não me deu nem tempo de responder e pulou pela janela, assim que ela pulou dei uma verificada olhando pela mesma para saber se estava tudo bem, assim que confirmei que estava tudo bem, decidi tomar um rápido banho, pegar umas roupas limpas e assim fui dormir.

No outro dia lá pelas 11 horas eu acordei e fui almoçar, comi no restaurante do hotel a comida era boa, me senti renovado após aquela refeição, não demorou muito e encontrei Ágatha no salão do Hotel, ela disse que estava indo treinar, estava bem animado, afim de melhorar minhas habilidades com meu tridente, por isso aceitei, ela me levou pra praia, ela deixou alguns equipamentos dela encostados numa árvore, e veio para mim só com uma espada nunca pensei que ela fosse mais fraca que eu por ser uma mulher, olhava para ela como se ela fosse uma veterana e eu apenas um novato, ela olhou em meus olhos e disse "-A primeira coisa que deve saber sobre um tridente... É que ele não vai te ajudar se seu oponente chegar perto de mais." Ao dizer isso ela me atacou inesperadamente, tentei me defender com dois ataques não bem sucedidos e acabei por perder este primeiro embate, assim que ela abaixou a espada e recuou ficou me encarando me pedindo para ataca-la e foi o que eu fiz, ataquei-a com toda minha força, aproveitando a vantagem de alcance que eu tinha, dessa vez eu não a deixaria chegar tão perto.

Passou-se umas duas horas de treino mais ou menos, eu estava exausto e acredito que ela não estava em uma situação muito melhor, assim que encerramos o treino ela deu um breve sorriso o que acho que significou que eu estava indo razoavelmente bem, fomos ao hotel, antes de entrar percebi que o tempo estava fechando, eu gostava de chuva, não era atoa que eu era filho de Poseidon. Assim que chegamos no Hotel Ágatha apagou em uma das camas, tomei um banho mais demorado nesse dia, sempre que estou dentro da água ou perto dela, me sento renovado, após um bom banho e fui dormir.

No outro dia acordei no mesmo horário, a tempos não dormia tão bem, e como eu havia "previsto" caindo uma chuva forte seguida de vários trovões. Assim que acordei fui procurar por Ágatha pois queria mais uma sessão de treino, mas ela não estava lá então decidi treinar sozinho, nem me preocupei muito com ela pois sabia que ela conseguiria se virar sozinha caso algo acontecesse.

Depois do almoço peguei meu tridente e fui para a mesma praia que tínhamos treinado ontem, treinei lá sozinho por umas 2 horas, estava tentando dominar o alcance de meu tridente e também pensando em algumas possíveis reações para caso alguém se aproximasse demais e eu não conseguisse utilizar a ponta de meu tridente. Após uma hora treinando com meu tridente, decidi testar um pouco meus poderes de filho de Poseidon, por isso entrei no mar e fui nadando até a água bater em meu peito mais ou menos, me sentia muito a vontade dentro da água. Após meu treinamento, fui voltando ao hotel e a chuva ainda estava forte, isso me ajudou a me recuperar mais rápido, quando cheguei no hotel estava todo encharcado, felizmente ninguém brigou comigo por estar molhando por onde passava, assim que cheguei no quarto tomei um banho e troquei de roupa novamente, passei o resto do dia ali no quarto do hotel mesmo, usei o computador que havia no quarto para pesquisar na internet a situação dos outros países enquanto esperava o retorno de Ágatha.

Estava deitado na cama descansando quando ela retornou, mal percebi ela voltar, estava meio perdido em meus pensamentos até que ela me chamou para jantar, ela me perguntou como havia sido meu dia, expliquei para ela que eu treinei mais um pouco sozinho, e passei o resto do dia no hotel pesquisando a situação dos outros países, e contei os detalhes que havia descoberto, como a situação dos Estados Unidos e do resto dos Países que estavam envolvidos nesta guerra.

- Não acho uma boa ideia irmos para os Estados Unidos agora. Disse enquanto conversávamos a caminho do restaurante.

por **Hera** Ter Jan 22, 2013 2:43 pm

Charlotte

A semideusa sobe na mesa e pega a taça de suco de uva, deixando pra trás a espada e o minotauro.
Ele, porém, se recupera rapidamente e olha para a campista. O minotauro novamente tenta uma investida correndo, e vai na direção dela.
Ela tenta golpeá-lo com a taça, mas a velocidade com que ele se choca com a mesa impede a tentativa de ser bem sucedida.
No entanto, ela o atinge novamente nos olhos - com o suco de uva - e o desnorteia.
O minotauro acaba não atingindo-a de frente, mas ele destrói a mesa. Charlotte cai no chão e se machuca um pouco[-15].
Em compensação, o minotauro também se machuca um pouco com o choque [-20] e agora está a certa distancia da campista, e também a certa distância de sua espada.
[-25 de stamina]

Minotauro: 260/300

Spoiler:

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