Caxias do Sul - Jean Nielsen

por **Quíron** Seg Jan 21, 2013 1:40 pm

O tópico está aberto para postagem 24 horas por dia. O mundo é aberto, e os semideuses podem fazer qualquer coisa que quiserem nessa cidade, porém, tudo terá consequências. O primeiro post de cada semideus descreverá a sua situação na cidade. Tem casa, pai ou mãe, onde mora, qual a condição financeira, escola, trabalho, demais obrigações e etc.

Nesse primeiro post o campista contará um resumo básico de sua história SEM INSINUAR descendência divina, a não ser que já esteja reclamado, pois os deuses que definirão seu pai ou mãe divinos. Caso deseje, deixe sua preferência entre parênteses, porém só será levado em consideração se o semideus atender as características requeridas para o deus em questão.

O narrador poderá interromper o dia-a-dia do semideus a qualquer momento, lhe propondo uma tarefa ou batalha, sendo essa narração um pedido do semideus através do chatbox ou só a vontade do deus de narrar.

As armas iniciais e de reclamação serão materializadas no começo do tópico, já existindo no primeiro post, e caso a reclamação aconteça durante as narrações, a arma-presente se materializará da mesma maneira.

O objetivo principal é que os semideuses interajam na cidade e criem a vida do personagem, portanto utilizem todas as funções que o cenário propõe, tendo assim mais chances de encontrar desafios para subir de nível.

O campista pode ter de 8 à 17 anos e pode criar qualquer pertence, mas quando estiver no Acampamento, não poderão ser usados. Os pertences serão usados no primeiro enredo, e no mundo aberto quando estiverem nele.

por **Jean Nielsen** Seg Jan 21, 2013 8:21 pm

Jean vivia em Caxias do Sul desde que nascera. Com um sotaque gaúcho marcado (menos que um alegretense, claro), morava com seu padrasto e sua mãe numa casa colada à Mecânica que a família era dona. Não eram ricos, mas também não eram pobres. Ela cuidava da parte de logística, e ele de ensinar os empregados (dois) e trabalhar também. Por vezes, o padrasto chamava-o para ensinar umas coisas da profissão, se surpreendendo com a facilidade com a qual o filho aprendia aquelas coisas.

Outra coisa que surpreendia era sua força. Por vezes, ajudava o pai que tinha, mesmo sabendo que não era o verdadeiro, a levantar partes pesadas de carros. Frequentemente, o rapaz ficava sozinho, mexendo com as ferramentas dos pais em uma carcaça de carro que a mãe deu de presente para ele em um aniversário, tentando fazer rodas, um volante, ou algo assim. Falando da mãe, ela não era uma mulher das sensíveis. Era respondona, não deixava nenhuma situação sem resolução, por isso era ela que discutia com os clientes mais revoltados, quando necessário. Fazia questão de o filho ir a escola, fazendo com que ele ficasse na mesma, intimidando a diretora, mesmo com os pequenos acidentes que causava, como pequenos incêndios em cadernos ou livros, armários que rangiam irritantemente quando passava, a caneta do diretor que escapou misteriosamente da sua mão e acertou suas partes íntimas... nada demais, portanto.

Em um dia, quando tinha 16 anos faziam apenas alguns dias, estava mexendo no "seu" carro quando sentiu um cheiro de metal e fogo intenso. Primeiro, achou que estava pegando fogo na mecânica, mas percebeu que vinha dele próprio. Acima de si, um martelo girava. O mesmo caiu em sua mão e a mãe, preocupada, apareceu. Olhou-o, preocupada, o olhar pesando longamente no martelo, e saiu, sem falar nada. Apenas depois de ir questioná-la ela contou-lhe que era filho de Hefesto, o Deus das Forjas. Fazia sentido, mas deixou o semideus completamente desnorteado, até que ela explicasse o que sabia: os Deuses haviam vindo para os Estados Unidos, o deus a visitou e teve ele com ela. Ele era um semideus, e agora monstros viriam perseguí-lo. Que ótimo, não? Nada melhor. Após a conversa, ficou sentado na oficina até os pais dormirem, e até depois, refletindo, segurando seu martelo.

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 8:38 am

O recém reclamado filho de Hefesto pensava na vida e no que faria da vida, quando um senhor entra na oficina com o semblante acolhedor e amistoso.

-Tudo bem contigo, filho? - Por um momento, Jean pensou que fosse seu pai, Hefesto, mas logo percebera que não.

Aquele senhor não era superpoderoso ou reconhecido... mas não sabia dizer quem era.
O homem senta ao lado do garoto, e espera uma resposta.

por **Jean Nielsen** Ter Jan 22, 2013 5:06 pm

{Agora vou começar a narrar em primeira pessoa}

Ouvi a porta se abrindo e me levantei, segurando o martelo, meio nervoso. Um homem que tinha expressão acolhedora olhou para mim.

- Tudo bem contigo, filho?

Fiquei desnorteado. Filho? Mas ele não podia ser Hefesto. Minha mãe falara que ele parecia a pessoa mais poderosa do mundo e, sinceramente, não era o caso. Vejo ele se sentar ao meu lado, mas me afastei, desconfiante.

- Filho? Como vou saber que você é meu pai?

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 7:27 pm

-Entendo sua desconfiança... não é um momento bom para confiar em qualquer ser mitológico que vê.
-Estamos passando por um monte difícil, e você precisa se preparar para batalha. Quanto mais tempo ficar aqui, mais perigo atrairá para sua casa e seus pais.
-Treine. Por todo o Brasil, jovens como você estão sendo reconhecidos pelos deuses, que enfrentam um momento difícil. Sei que nem todos estão sobrevivendo... E até mortais estão morrendo por isso, portanto fique em alerta... logo irão precisar de você.

por **Jean Nielsen** Ter Jan 22, 2013 8:58 pm

Ouvi o que ele falou, hesitante. Ainda não me aproximava. Apesar de ele estar tentando, tinha quase certeza que não era se pai.

- Quem é você? Por que eu deveria confiar em você? - Agora já estava com o martelo, mesmo que desajeitadamente, preparado para se defender: segurava com a mão direita e a ponta do cabo com a esquerda, a cabeça na horizontal, um pouco atrás da linha do seu corpo.

por **Zeus** Qua Jan 23, 2013 8:52 am

-Sem violência, garoto. Eu já estava indo embora mesmo...

O senhor começa a se dirigir para a saída da oficina.

por **Jean Nielsen** Qua Jan 23, 2013 1:47 pm

Ele iria embora. Tá, que seja. Apenas acompanhei-o com o olhar, o martelo preparado na mesma posição ainda. Não ia pedir para ele ficar, mesmo parecendo que queria me ajudar, podia muito bem ser um monstro que queria me atrapalhar e me matar. Se realmente quisesse me ajudar, insistiria.

por **Zeus** Qua Jan 23, 2013 2:29 pm

Antes do senhor atravessar a porta, algo negro e lustroso salta sobre seu peito, lhe derrubando de costas no chão da oficina.

O homem grita, mas em menos de 2 segundos, sangue já explodia para todo lado, espirando na na parede ao lado, e na porta entreaberta.

Todo o chão a volta do senhor estava vermelho, e a boca do cão gigante que destrossara seu pescoço também.
O cachorro, do tamanho de um rinoceronte olha para Jean, e rosna ferozmente.

Cão Infernal: 250/250 HP

por **Jean Nielsen** Qua Jan 23, 2013 8:42 pm

Er, tá. Deixa eu me localizar. Estou na oficina do meu pai. Ok. O homem que queria ser bonzinho comigo teve sua cabeça arrancada. Ok. Por um cão do tamanho de um rinoceronte... er, que porcaria é essa?

Dei um passo para trás, olhando aquele bicho. Peguei uma calota que estava no chão e joguei acima dele, para fora da loja, como um disco. Tomara que ele fosse pegar e me deixasse em paz. Bem, caso não fosse, tentaria me defender com uma martelada na sua boca, caso viesse me morder, ou desviar de uma patada que ele me desse, tentando contorná-lo para sair da oficina. Mesmo sendo um lugar bem amplo, seria melhor na rua.

por **Zeus** Qua Jan 23, 2013 9:08 pm

O garoto lança a calota de um carro, mas a única coisa que consegue fazer, é chamar a atenção do cão, que agora o fuzilava com o olhar.

O cão corre na direção de Jean, que usa o martelo para se defender, desferindo um golpe contra a boca do animal.

O golpe realmente funciona, mas o cão não deixa de cair em cima dele, pois a martelada não o deslocaria para o lado.
Os dois caem, e o filho de Hefesto consegue escorregar para o lado, e não ficar embaixo da criatura.

Vendo de perto, ele percebeu que somente uma mordida era capaz de arrancar sua vida em um segundo, e não desejou isso.
O cão estava ao seu lado, se recuperando do golpe, com a mandíbula inferior deslocada, mas já se levantava, tentando escorregar para cima do garoto.

Cão Infernal: 190/250 HP

por **Jean Nielsen** Qua Jan 23, 2013 9:18 pm

Ele veio para cima de mim. Bati com toda a força em sua mandíbula, e ele caiu em cima de mim. Dei um jeito de sair de baixo, enquanto ele se recuperava do meu golpe. Pera, eu tinha deslocado a mandíbula inferior daquele ser gigantesco? Uau, era realmente forte.

Aproveitei os momentos que ele se recuperava para recuar de costas rápido para a saída, ainda olhando para o canino que se levantava para vir me atacar. Tomei a distância suficiente para ele pelo menos não dar só um passo e me morder. Preparei o martelo de novo.

- Cãozinho bonzinho... - Estava quase na saída, esperava. Assim que ele viesse me atacar, tentaria repetir o movimento de dar uma martelada na sua mandíbula, visto que era o único movimento que eu sabia fazer (e bem) até agora com aquela arma nova, aproveitando que, dessa vez, ele não teria tanta velocidade e não cairia em cima de mim, o que me daria ainda mais tempo para recuar para fora da oficina.

por **Zeus** Qua Jan 23, 2013 9:33 pm

O filho de Hefesto se levanta e foge até a saída, esperando cão.

O animal olhava para Jean como se tentasse arranjar um jeito de atacá-lo sem ser atingido, mas afinal, ele era irracional.
O cão infernal corre novamente na direção do garoto, que fica de prontidão. Quando o cachorro se aproxima, ele dá outra martelada como uma tacada de golpe, e acerta a cara do cão. Dessa vez porém, uma pata do cachorro consegue dar uma rasteira no filho de Hefesto, que caí e bate a cabeça no chão, ficando tonto e com a visão turva.

Ele sente uma pata grande e pesada pisar sobre sua clavícula e seu coração dispara.

Cão Infernal: 80/250 HP

por **Jean Nielsen** Qua Jan 23, 2013 9:36 pm

Acertei de novo. Só que o desgraçado me deu uma rasteira, minha visão ficando turva. Senti a pata dele sobre meu peito, minha respiração ficando acelerada. Mas mantive a racionalidade: não havia soltado o martelo. Quando visse sua cabeça (leia-se: grande borrão preto ficando ainda maior), tentaria acertá-la com o martelo, com a maior força que eu pudesse arranjar. E então tentaria me levantar e tomar distância dele.

por **Zeus** Qua Jan 23, 2013 9:54 pm

O garoto auarda meio segundo, que foi o tempo necessário para algo imenso aparecer sobre sua cabeça, então, com um golpe muito forte, dada a proximidade dos dois, amassa a cabeça do monstro, que se desintegra em pó na frente de Jean.

O garoto se levanta exausto, e pensa em como explicará aos seus pais todo aquele sangue e pó negro como grafite no dia seguinte.

Exp Máxima: 250
Nota: 0.9
Exp Recebida: 225
Dracmas: 170
Perícia Bárbara: +25
Ânimo: -1
Stamina: -35

por **Jean Nielsen** Qua Jan 23, 2013 10:34 pm

Um momento. Quando eu acertei ele de novo, ele virou pó? Como assim? Um pó negro... Bem, a primeira coisa que eu fiz foi empurrar com pé o corpo inerte do homem para fora do portão, e fechá-lo. Limpei o sangue dele do chão como pude e tirei minha roupa cheia de grafite e sangue, ficando só de roupa íntima, jogando na lavadora e colocando para circular água, jogando sem saber a quantidade dos produtos de limpeza e fui dormir.

Quando acordei no dia seguinte, completamente descansado, minha mãe veio me perguntar o que era aquele sangue na minha roupa. Olhei-a e falei baixo, para meu pai, que já estava trabalhando, não ouvir:

- Um monstro dos que tu me falou me atacou. Um cão infernal.

Logo ela começou a me examinar a procura de machucados. Não havia nenhum, apenas uma dor de cabeça, para a qual ela me deu um remédio. Tomei ele e o café da manhã, fui para a escola. Foi horrível não ter levado o martelo, me sentia extremamente vulnerável. Mas não queria que me perguntassem porque eu tinha um martelo daqueles, e daquele tamanho. Voltei para casa e acabei dormindo mais cedo que de costume.

Acordei, cumprindo a rotina inicial de todo dia. Como era sábado, acabei trabalhando com meu padrasto na oficina o resto do dia. Olhava frequentemente para a porta, como se alguém pudesse entrar lá e fosse monstro de novo, também trocando olhares para o meu martelo. Então notei que os humanos (inclusive meu padrasto e minha mãe) não viam. Minha mãe chamou aquilo de um martelinho infantil, achando parecido com um que eu tivera quando menor. Meu padrasto com... er, melhor não comentar. No fim do dia, adormeci.

Acordei no domingo. Era dia de grande movimentação na oficina (que não fechava, afinal sempre havia alguém que precisava de conserto subindo a Serra, mesmo que não fosse a alta temporada, que era no inverno). Pedi pra minha mãe para ir dar uma passeada na cidade e ela deixou. Me deu um beijo na bochecha. Ela estava um tanto quanto mais carinhosa ultimamente, talvez pelo fato do risco que eu corria agora.

Apenas levei meu martelo, o qual notei que seria meu companheiro inseparável. Até porquê, ninguém via que ele era um martelo, afinal. A cidade estava quase vazia, os carros apenas passavam para ir para Santa Catarina, especialmente para as praias de lá, quem não queria pegar a BR-101 pelo trânsito. Ou voltavam de lá, também, afinal já haviam começado as aulas em vários colégios. As ruas estavam desertas, basicamente. Só de vez em quando cruzava com alguém normal.

por **Zeus** Sex Jan 25, 2013 9:32 am

Jean começa a andar pela cidade, procurando lugares interessantes ou talvez até mais monstros.
Passa por uma rua onde existem muitas lojas. Apesar das ruas estarem desertas, muitas pessoas passando por essa rua, que era um centro comercial.
O garoto vai passando por lá, sem dar muita atenção para as lojas inúteis e o grande número de pessoas que passavam apressadas cheias de sacolas, até que encontra, do outro lado da rua, uma loja a sua esquerda, com o nome: "Armas para semideuses."

O garoto se assusta e fica observando a loja.
As portas era negras e altas, como se tivesse sido feita para qualquer tipo de ser caber na entrada, e ninguém parava para olhal-lá.

por **Jean Nielsen** Ter Jan 29, 2013 12:13 pm

Fui para o centro comercial de Caxias. Lá, além de caxienses, haviam alguns turistas. No fim, quase toda a população estava concentrada ali, nas lojas. Não me interessavam elas, olhando em volta. Até que vi uma loja com portas negras, escrito "Armas para Semideuses". Me sobressaltei e parei na frente dela, olhando-a.

Muito estranho. Mas resolvi entrar, afinal deveria ficar melhor preparado para me defender, e ali deveria ter o que eu precisava. Atravessei a rua e entrei na loja.

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