Joinville - Levigarian B. Baudelaire e Micaela Braga

por **Quíron** Sex Jan 18, 2013 1:42 pm

O tópico está aberto para postagem 24 horas por dia. O mundo é aberto, e os semideuses podem fazer qualquer coisa que quiserem nessa cidade, porém, tudo terá consequências. O primeiro post de cada semideus descreverá a sua situação na cidade. Tem casa, pai ou mãe, onde mora, qual a condição financeira, escola, trabalho, demais obrigações e etc.

Nesse primeiro post o campista contará um resumo básico de sua história SEM INSINUAR descendência divina, a não ser que já esteja reclamado, pois os deuses que definirão seu pai ou mãe divinos. Caso deseje, deixe sua preferência entre parênteses, porém só será levado em consideração se o semideus atender as características requeridas para o deus em questão.

O narrador poderá interromper o dia-a-dia do semideus a qualquer momento, lhe propondo uma tarefa ou batalha, sendo essa narração um pedido do semideus através do chatbox ou só a vontade do deus de narrar.

As armas iniciais e de reclamação serão materializadas no começo do tópico, já existindo no primeiro post, e caso a reclamação aconteça durante as narrações, a arma-presente se materializará da mesma maneira.

O objetivo principal é que os semideuses interajam na cidade e criem a vida do personagem, portanto utilizem todas as funções que o cenário propõe, tendo assim mais chances de encontrar desafios para subir de nível.

O campista pode ter de 8 à 17 anos e pode criar qualquer pertence, mas quando estiver no Acampamento, não poderão ser usados. Os pertences serão usados no primeiro enredo, e no mundo aberto quando estiverem nele.

por **Levigarian B. Baudelaire** Sex Jan 18, 2013 2:50 pm

Estava nas férias de verão de minha escola, passando um tempo no campo, na casa de meus avós paternos.

Eu não estava acostumado com o ar puro, vivia na cidade, vinha poucas vezes para o interior de Joinville. Se bem que passo minhas férias aqui desde sempre, mas nunca me acostumo com a tranquilidade do local.

Estava um dia chuvoso, gostava do clima, era algo que me deixava contente, nublado, o cinza das nuvens era lindo, não era muito fã do sol devido possuir a pele branca demais.

Eu era um garoto comum, pelo menos ao meu ver. Sempre fui o melhor da turma, focado nos estudos, meu pai sempre me incentivou a isso.

"Foque nos estudos dizia ele, um dia você irá construir coisas magníficas como sua mãe fez."

Claro que ele nunca disse quem era minha mãe e muito menos o que ela fez, só falava que eram coisas grandes, ele era arquiteto e queria que eu seguisse o mesmo caminho, acho que inventava essas histórias sobre minha mãe ser importante para que eu sentisse orgulho, embora nunca dei muita importância, afinal não sou tão sentimental.

Não nego que meu encanto por grandes esculturas e monumentos seja enorme, mas não sei se arquitetura seria algo que eu gostaria de viver, designer quem sabe, tenho tantas opções, não queria pensar nisso agora, afinal ainda estava no colegial e faltavam dois anos para começar a pensar em faculdade, mas já venho pensando nisso a mais tempo do que gosto de admitir.

Meu nome era estranho, uma extravagância de meu pai, nunca descobri de onde ele tirou esse nome ou ideia para o mesmo, todos me chamam de Levi e eu dou preferencia a isso.

O dia era chuvoso, estava sentado na varando da casa de campo dos meus avós, observando as gotas irem de encontro ao chão e se espalharem com o impacto, poças já se formavam pelo terreno, logo meu avô estaria chegando com minha avó do centro, estava sozinho na residência, como sempre.

O lugar era inóspito, rodeado de arvores, a casa era branca com uma varanda larga, um muro baixo dividia a rua do quintal e um portão pequeno de madeira coma tinta descascando servia de entrada.

Casa dos meus Avós:

Folheava um livro de filosofia, estava envolto na leitura, tentando compreender os especilhos de Sócrates, o cara complicado. Por um breve momento me peguei pensando nos amigos que possuía na escola e de como a maioria tinha raiva de mim por ser um nerd irritante, não que me gabasse de minha capacidade de aprender com maior facilidade que os demais, porém não aguento pessoas que forçam a barra não entendendo coisas simples como a matéria de cálculos.

Os professores gostavam de minha forma de ver as coisas, diziam que eu possuía um intelecto elevado para alguém tão jovem, eram somente elogios, nada demais, acredito que todos são capazes desde que se esforcem um pouco.

Ouço um estouro ao longe, vejo o velho carro de meu avô dobrando a esquina, era uma picape velha azul, precisava de alguns reparos, mas servia para dar um bom passeio.

Picape do vovô:

Me levanto e pego um guarda-chuva que estava encostado na varanda, abro ele e vou receber meus avos, passo ele para minha avó que sai primeiro do carro para que ela não se molhe, meu avô vem na chuva comigo.

_ Como foi o passeio? Pergunto ao meu avô enquanto caminhamos até a varanda.

_ Foi bem proveitoso, sua avó comprou algumas frutas. Ele aponta para as sacolas que ela levava em uma das mãos.

Corro até ela e retiro as sacolas.

_ Deixa que eu as levo, para a senhora não carregar peso. Sorrio como de costume.

Ela sorri, embora não da mesma forma que anos atrás, até perder sua filha em um acidente de carro próximo a cidade de Blumenau, uma cidade do Vale do Itajaí. Fazia dois anos, mas a dor ainda era sentida, e eu já vi ela diversas vezes conversando com a foto de minha tia, era uma cena triste, mas eu fazia o possível para animá-la.

Cheguei na casa antes deles, abri a porta e coloquei as frutas na fruteira que fica em cima da mesa da cozinha, já peguei uma maçã e dei aquela mordida.

_ Vou caminhar um pouco. Falei aos meus avós.

Saio da casa, a chuva havia diminuído, era somente poucos pingos, nada que eu não pudesse encarar, sai pelo portão e segui um caminho que levava a um pequeno campo, fiquei observando a paisagem, nada além de arvores e o som de pássaros, realmente era um lugar muito calmo.

Caminhos do Interior:

por **Zeus** Sex Jan 18, 2013 3:54 pm

Levi tirou o final da tarde para caminhar naquele 31 de janeiro chuvoso. As férias de verão estavam acabando e o garoto estava como sempre passando seu tempo no campo.

Ele pretendia fazer um passeio rápido e voltar para casa antes de escurecer, mas quando dobra uma esquina da estrada de chão, por entre as árvores, ele vê um baú brilhando.

por **Levigarian B. Baudelaire** Sex Jan 18, 2013 4:22 pm

Por mais distraído que eu pudesse parecer caminhando pela estrada, não pude deixar de notar que ao dobrar a esquina algo chamou minha atenção.

Estava lá, entre as arvores, algo dourado, a distancia que me encontrava se assemelhava muito a um baú, daqueles que os mais antigos usam para guardar coisas nos quartos, geralmente roupas.

Me aproximo curioso, como sempre minha curiosidade de aguçou, caminho sem medo.

Chego mais proximo do objeto, pude ver que era mesmo um baú, olho em volta, procuro por alguém, não toco no objeto, afinal aprendi que não devemos mexer no que não nos pertence.

Grito ao alento.

_ Olá!! Alguém aqui???

Espero por uma resposta, talvez do dono do objeto. Fico observando o meu redor.

por **Zeus** Sex Jan 18, 2013 4:43 pm

O garoto grita, porém em vão.
Ninguém lhe responde.

O garoto começa a ficar desanimado e ainda mais curioso, quando uma inscrição em letras floreadas e escrita grossa desenham na tampa do baú: Você vai precisar.

por **Levigarian B. Baudelaire** Sex Jan 18, 2013 5:05 pm

Não ouço nada em resposta.
Reparo algumas palavras começarem a surgir na tampa do baú.

Aponto para o baú assustado, com olhos arregalados.

_ DA ONDE SAIRAM ESSAS LETRAS!! Exclamo em voz alta.

Mantenho a calma. "Foco Levigarian, foco, são somente letras que surgiram magicamente na tampa de um baú". Tomo desse pensamento tentando me acalmar.

Virei um pouco a cabeça para ler, não comentei anteriormente mas tinha problemas para diferenciar algumas letras, fazia tratamento para dislexia.

"Você vai precisar"

Claro, vou mesmo, vou precisar sair correndo dali.
Balanço a cabeça negativamente, tiro os pensamentos tolos.

_ Vamos lá, mostre sua coragem, é somente um baú.

Deixando as suspeitas de lado, levo a mão até a parte onde a tampa que o fecha e abro o baú e observo o que teria dentro com cautela.

por **Zeus** Sex Jan 18, 2013 7:12 pm

Dentro do baú o garoto encontra uma faca de caça com a tonalidade avermelhada do bronze, um elmo da mesma cor e um peitoral de couro.

Antes que o garoto tenha tempo de entender o que viu, ouve barulho das árvores próximas chacoalhando com o vendo, e enxerga a sombra de algo se movendo ao longe.

por **Levigarian B. Baudelaire** Sex Jan 18, 2013 7:27 pm

Ok, realmente não esperava encontrar esse tipo de conteúdo dentro do baú, observo os itens ali presentes, mas algo se move ao longe, algo que chama minha atenção.

Observo mais atentamento o que se aproxima, algo como um extinto falava em meu íntimo que eu deveria pegar os itens como garantia, mas o porquê, não entendia.

Que idiotices, eu jamais usara um elmo em minha vida e muito menos um peitoral de pelo o que parecia ser o material, era couro e aquela faca estranha em tons vermelhos, algo me alertava, algo mandava eu me equipar com aquilo mesmo não tendo sentido.

Decidi ouvir minha reação, peguei o elmo e pus na cabeça logo prendi o peitoral, me surpreendi com minha capacidade de colocar tais itens com rapidez, segurei a faca meio desajeitado, não era falsa, era bem real e parecia afiada.

Engraçado como os itens serviram perfeitamente ao meu corpo e de como eu me sentia a vontade usando eles, era uma sensação estranha, era como se uma parte que estivesse faltando tivesse sido unida a mim novamente e me completado, por um breve momento senti um ápice de alegria, mas logo me lembrei da sombra e voltei a me focar nela.

Mantive uma certa distância, para ver o que vinha em minha direção, poderia ser um viajante perdido ou o dono do baú, se fosse o dono o que ele iria pensar me vendo usando seus itens, o que falaria para ele.

Esperei apreensivo a chegada do que quer que fosse.

por **Zeus** Sex Jan 18, 2013 8:14 pm

O garoto, ainda relutante se equipa com os itens e presta atenção no movimento a sua frente.

De repente, como se estivesse passeando num voo no pôr do sol, um ser grotesco pousa a 10 metros de Levigarian. O monstro mostrou suas garras e dentes afiados, o que parecia bastante ofensivo, porém, não se moveu.

Harpia: 120/120 HP

por **Levigarian B. Baudelaire** Sáb Jan 19, 2013 6:02 am

Minha cabeça girou, algo se contorceu anormalmente dentro dela, acho que era meu cérebro entrando em colapso, um fluxo de informações começou a aflorar, algo que nem eu que estava habituado a obter informações pude acompanhar.

"MAS QUE DIABOS É ISSO" Pensei assustado.

Eu não estava acreditando inicialmente no que acabara de pousar a dez metros de minha localização, claro era muito lógico, uma ave de rapina com feições humanas, simplesmente admirando a paisagem de Joinville.

Ou não, meu cérebro estagnou, a informação que buscava pode ser encontrada, soube exatamente do que se tratava, uma Harpia, criatura mitológica que costumava atacar navios de pescadores, se passava por uma mulher encantadora e depois mostrava suas feições e os matava, tudo informação obtida nos tempos livres passados na biblioteca central de Joinville, lendo livros de histórias mitológicas e os grandes feitos heroicos.

Claro que para mim eram somente histórias, mas pelo visto minha fé onde eu queria que elas fossem real foram mostradas nesse momento.

"Vamos lá Levigarian, vire-se e volte para casa, não seja curioso dessa vez, viu o tamanho das garras daquela coisa?" Falava em pensamento comigo.

Mas minha curiosidade era algo que eu não continha e o mais estranho era a necessidade de matar aquela criatura, motivos eu buscava claro, mas não encontrava nenhum, não podia simplesmente atacar algo que surgira sem mais nem menos em minha frente, ainda mais eu, que não possuía conhecimento algum sobre como manusear uma faca.

Era uma vontade que eu não conseguia mais segurar, não entendi, simplesmente reagi.

Fui para cima da criatura, meu corpo agiu, foi automático.

Acelerei o passo, começava a correr, como se buscasse impulso para saltar, que se foda-se a lógica eu sentia uma ameaça vindo daquela criatura.

Pela minha análise de área estava a 1 metro da Harpia quando meu corpo agiu instantaneamente e saltei, cravei a faca no pescoço da Harpia e o puxei de volta, cai ao chão voltando para trás e rolando para o lado direito da criatura sem ficar de frente para ela, me posicionei com a faca a frente como uma forma de defesa, eu sentia meu corpo fervilhar, meu fluxo sanguíneo estava intenso, a adrenalina estava entrando em colapso.

Fiquei preparado olhando para a criatura, não sabia se tinha obtido sucesso pondo fim a sua existência, estava alerta, algo me informava que não havia acabado.

Minhas idéias de esquiva fervilhavam, parecia que tinha acabado de entrar em um dos meus jogos de computador. Se ela viesse contra mim rolaria para a direita golpeando com a faca suas patas com garras afiadas tentando inabilitar a sua arma principal.

Desviaria sempre que possível, nem que usasse as poucas arvores como proteção, recuando e elaborando uma estratégia onde eu tivesse oportunidade de atacar novamente.

Me mantive atento, meu coração estava acelerado, eu sentia as batidas, qualquer movimento da ave , eu deveria reagir para me defender e depois atacar quando surgisse a oportunidade.

Esperei atento.

por **Zeus** Sáb Jan 19, 2013 10:04 am

Apesar da confusão em sua mente, Levigarian não exitou em empunhar a faca com mais força e correr até a harpia.

Aparentemente, o monstro ficou surpreso com a coragem do heroi, mas isso não fez com que se desconcentrasse.

Legiarian se aproxima cada vez mais, e quando está a 1 metro do alvo, salta. O problema é que ele estava perto demais e a harpia não era tão lenta assim.
O monstro salta para o lado, enquanto Levigarian pula no vácuo, fazendo esforço para se manter em pé quando toca novamente o solo.
A harpia se aproveita do momento de fragilidade do garoto e salta sobre suas costas, fincando as garras em seu ombro e derrubando o semideus no chão.

Harpia: 120/120 HP

por **Levigarian B. Baudelaire** Dom Jan 20, 2013 4:27 pm

Péssima ideia saltar e atacar, agora fui ferido, porém a criatura cravou as garras em mim e rolamos ao chão.

Era minha chance de tirar vantagem da situação, com toda força que pude reunir, virei meu corpo, senti uma dor escruciante quando as garras saíram de minhas costas, senti o sangue escorrer, mas não me importava preferia a dor do que perder minha vida para algo surreal.

Segurei com força pela cintura da criatura, obtive mais força para cravar a faca em sua cintura do lado direito e puxar com toda a energia que me restando para manter a criatura presa e rasgar sua barriga de fora a fora puxando a faca de bronze.

Solto a fera e me distancio, ofegante e possivelmente sangrando.

Minha visão estava turva, mas não podia dar o luxo de desmaiar agora, precisava sobreviver.

Tentei manter a concentração, desviar era essencial, mas como eu não sabia, nunca tinha passado por tal situação e isso não parecia ser uma brincadeira de criança com a qual eu já lidei inúmeras vezes.

Mantive a faca a frente, se a criatura viesse contra mim rolaria para a minha esquerda, me postaria com a faca erguida e deferiria um possível golpe onde fosse alcançável, asas, pata, peito ou pescoço.

Atento a qualquer movimento da ave, pronto para desviar e atacar.

Não sabia o que estava fazendo e isso começava a me assustar, porém ideias de estrategias não paravam de surgir em minha mente, mantive o foco, puxei o ar e estava pronto para o que fosse vir contra mim, pelo menos eu achava.

por **Zeus** Dom Jan 20, 2013 4:58 pm

O garoto finca a faca na cintura do monstro, que urra de dor, e tentando afastá-lo, acaba aumentando o corte.
Levigarian continua puxando a faca até rasgar a harpia ao mesmo e fazê-la de desintegrar.

Exp Máx: 200
Nota: 0,7
Experiência: 140
Dracmas: 105
Perícia com Facas: +8
Stamina: -25

por **Levigarian B. Baudelaire** Dom Jan 20, 2013 5:58 pm

Pó, foi isso que a Harpia virou quando atravessei a faca em sua barriga de fora a fora, não acreditei no que acabara de acontecer, não conseguia juntar os pontos, me levantei do chão.

Meu corpo fervia, minha mão tremia com a força que usei, acho que era a força ou o nervosismo.

Estava a ponto de ter um colapso, minha ideias pela primeira em vez em ano se chocavam com crença e realidade, era surreal, estava muito além do que eu podia explicar ou melhor entender.

O que se tratou isso tudo, o que foi que houve, de onde veio aquele monstro, não podia ser real, porém a dor em minhas costas fez eu voltar a realidade, realidade aquela que eu não queria acreditar.

Olhei em volta assustado, parecia que viriam mais daquelas aves para me atacar, meus olhos olhavam em todas as direções, comecei a entontar.

Lembro de levantar e começar a caminhar para casa, juntei o que pude de minhas forças e comecei a apertar o passo, meus avós se desesperariam ao ver meu estado, como eu iria explicar o inexplicável.

Estava próximo da casa agora, a noite estava chegando rápido e meu medo começou a aumentar, estava poucos metros, pus a mão ao portão e desmaiei.

Acordei em uma cama de lençóis brancos com meu pai dormindo ao lado, pelo barulho que ouvia da rua eu estava na cidade novamente e pelo estado do lugar era o hospital das clínicas de Joinville.

A luz entrava em choque com minha retina, estava me adaptando aos poucos, meu pai dormia, pude olhar pela janela, voltara realmente a cidade.

Caminhei um pouco pelo quarto, sentia todos os meus músculos doerem, e uma forte dor nas costas, tive uns flashs da Harpia, voltei a realidade.

Meu pai acordou, me viu em pé e pirou um pouco.

_ JÁ PARA A CAMA!! Ele gritou e meus ouvidos estremeceram.

_ Ok, não precisa gritar, fui esfolado e não privado de audição.

Ele me olhou feio, não me importei, ele não me dava medo, fazia algum tempo que não tinha o mesmo respeito por ele do que tinha a anos atrás quando não sabia diferenciar o certo do errado.

Voltei para a cama relutante, ele sentou na poltrona e ficou me olhando, queria perguntar algo mas acho que não tinha coragem, tomei iniciativa.

_ A quanto tempo estou aqui?

Ele me olhou, senti alivio na sua voz quando me respondeu.

_ Dois dias, estava em uma espécie de coma, você teve uns ferimentos estranhos nas costas, porém já foram tratados e esta se recuperando bem, seu avõ o achou desmaiado no portão da casa de campo munido de uma faca de bronze e outras coisas que não sei o motivo de você estar portando.

Fiquei olhando para ele, esperando por mais.

_ Ele me ligou e fui buscar você, te trouxe de volta para a cidade, foi internado com urgência, terá alta amanhã se tudo ocorrer bem após os diagnósticos de hoje.

Eu sabia que ele estava preocupado e que queria perguntar algo mais, porém não tinha coragem.

_ Obrigado, pai, por ter me trazido para cá.

Ele me olhou, por um breve momento achei que ele iria chorar, mas não, ele voltou a falar.

_ Poderia me explicar o que aconteceu com você? E por que estava portando aquelas coisas? Ele apontou para uma mala ao canto, deduzi que dentro dela estava minha faca, meu elmo e meu peitoral de couro.

Respirei fundo, busquei as melhores palavras e dei inicio à história que poderia me mandar direto ao hospício.

Contei a ele sobre o passeio que decidi fazer naquela tarde, falei sobre o bau com as escritas de que eu iria precisar e falei a parte que mais temia, a Harpia que decidi atacar para poder sobreviver.

Esperei aflito por alguma manifestação de meu pai, esperei por mais uns minutos, acho que ele estava tentando assimilar as ideias, eu entedia, afinal nem eu conseguia aceitar tudo com tanta facilidade ainda.

_ Precisamos sair daqui o mais rápido possível, pelo menos você.

Ok, agora eu viajei.

_ Como? Perguntei meio atônito por não entender o que estava se passando, poderia jurar que esbocei um sorriso de tolo coisa que odiava.

_ Preciso te tirar da cidade, te levar para um lugar seguro, fui avisado que eles viriam atrás de você, mas faz tanto tempo que acabei me esquecendo, tenho alojamentos espalhados pela cidade, em último caso você terá que deixar Joinville se aqui não for mais seguro, vou preparar um carro com motorista para te levar para um de meus apartamentos mais para o leste da cidade, estará seguro lá até eu pensar em uma maneira de me comunicar com eles.

_ PARA! Pai por favor, me escuta, quem esta atrás de mim? Eles quem que você precisa se comunicar? Por favor fale algo lógico, eu te conto uma história insana e você reage dessa forma??? O que esta acontecendo?

Ele me olha, senti a seriedade em seus olhos, senti o medo.

_ Não vou deixar que eles te achem e muito menos te firam novamente, irá passar a noite aqui, tendo alta pela manhã já terá um carro te esperando para levar para o apartamento, fique seguro lá, não fale com ninguém, não sai do apartamento, não abra a porta nem para mim até ter certeza que sou eu, eles o querem morto por ser um semideus.

Meu cérebro chegou no limite com a palavra semideus, senti algo explodir dentro dele, acho que era princípio de derrame ou algum problema na cabeça, ele falou semideus, aquelas pessoas metade deuses, a harpia tinha sido surreal, mas ouvir isso da boca de meu pai foi o limite para mais um colapso.

_ ME EXPLIQUE O QUE ESTA HAVENDO PORRA!! Estava realmente irritado com meu pai.

_Escute Levigarian, sua mãe, seja lá quem for, era uma deusa, uma daquelas, das histórias mitológicas, por favor ouça. Ele pediu quando vi que ia me pronunciar. _ Eu quando mais novo me relacionei com uma mulher incrível, que era dotada de beleza e conhecimento inimaginável, certa noite você foi trazido a minha porta por ela, disse que era fruto de nosso amor, ela me explicou toda a sua história e me avisou dos perigos que você viria a enfrentar se o achassem, meu cheiro disfarçava você, mas quando você ficou sozinho eles o localizaram, vieram atrás de você na primeira oportunidade, e por minha culpa.

_ Eles quem?

_ As criaturas, aquelas dos livros de mitologia, esqueça nosso mundo, expanda sua mente meu filho, tudo aquilo que um dia você leu é real, e tem mais, essas criaturas caçam semideuses, caçam o que você é, por isso corre perigo, por isso eles o querem, você é uma ameaça a eles, você é que eles temem que todo semideus de torne, um herói.

Meu pai falava com rapidez, mas eu acompanhava tudo, não podia ser, minha mãe uma deusa, monstros serem reais, eu ser um semideus.

Meu pai me olhava, espera que eu tivesse compreendido tudo, acenei em concordância, tentando parecer centrado e calmo, coisa que no momento não eram verdade, estava com medo e irritado por ele saber disso a tempo e nunca ter me falado nada, mas acalmei os animos, olhei a mala que ele apontara, estavam lá, os objetos que surgiram em meu auxilio e ajudaram em minha defesa, quem quer que mandou aquilo eu era muito agradecido, sem eles eu não teria sobrevivido.

Deitei novamente, não dormi como esperava, meu pai passou a noite em claro falando ao telefone e vigiando as portas, temia que algo voltasse a me atacar, eu também partilhava do mesmo medo.

Na manhã seguinte ganhei alta e como meu pai planejou um carro me esperava fora do hospital, me levou para um de nossos apartamentos, meu pai me deixou um celular para usar somente em emergências, ele disse que assim que possível iria ao meu encontro.

Entrei no apartamento, ficava no 18° Andar, tranquei a porta, fechei as persianas, permanecei no breu da sala, observando todos os cantos, eu estava pirando.

Passei um dia no apartamento depois que sai do hospital, meus ferimentos estavam muito melhores, já não sentia tantas dores, meu pai não dava noticias a desde o dia que sai do hospital e isso estava me angustiando, não aguentava mais comer comida congelada e macarrão instantâneo, precisava de algo mais sustentável e ignorando o fato de meu pai ter mandado eu não sair do apartamento, eu não pude aguentar mais, não sai literalmente porém usei o celular par algo que não era emergência, ok para mim era e pedi uma pizza de calabresa acebolada.

Quarenta minutos depois ela chegou, paguei ao entregar os 25 reais, não me sobrou muito, porém dava para mais um dia, preparei um suco de laranja, sentei no sofá, liguei a TV e comecei a ver as notícias, alguns atentados pelo mundo, a crise estava complicada, estava admirado que o Brasil ainda não tinha caído, as horas se passaram e adormeci no sofá.

Acordei pela manha com o controle no chão e a Tv fora do ar, a pizza estava jogada, dois dias nesse apartamento e nenhuma notícia, a espera era angustiante, fui até a mala e fiquei olhando para minha faca, lembrei da Harpia se desintegrando ao seu corte, fosse o que fosse aquele material era eficaz contra as criaturas, sentei ao chão admirando a faca e ali permaneci.

por **Zeus** Seg Jan 21, 2013 6:59 am

Amanhece o dia 8/2/2013 - Atualizem a história assim que possível.

por **Levigarian B. Baudelaire** Seg Jan 21, 2013 2:05 pm

Estava cansado se ficar sem notícias, meu pai não tinha feito contato comigo em nenhum dos dias que passei no apartamento, meu tédio já estava chegando a níveis extremos e ficar trancado nesse lugar não estava ajudando.

Eu não recebi nenhuma visita estranha e não senti perigo fora dali, havia ido até o hall do prédio algumas vezes e acredite, por mais estranho que o recepcionista parecesse ele não se tornou nenhum tipo de criatura e me atacou, já estava começando a achar que isso tudo era exagero de meu pai.

Lustrava minha faca, não conseguia me separar dela, era como se ela fosse minha única amiga, peguei uma mochila que usava para acampamentos, coloquei algumas garrafas de água, algumas barras de cereais, toalha e algumas roupas de baixo, duas camisas e uma bermuda, me arrumei para sair dali, precisa respirar um pouco.

Guardei a faca dentro da mochila, coloquei o peitoral de couro por baixo da camisa, o elmo deixei dentro da mochila também, não poderia sair com uma coisa daquelas, não queria deixar os objetos, eles me traziam segurança.

Desci de elevador, e sai pelo hall.

Senti o ar fresco bater em meu rosto, os barulhos das pessoas conversando nos cafés locais, o movimento do comércio, os carros buzinando uns para os outros pra terem passagem, como era bom ouvir um pouco de barulho.

Sai caminhando pelo centro leste da cidade, fui até uma sorveteria, paguei R$2,50 por uma casquinha de morando com calda de chocolate e fiquei observando as pessoas, todas me causavam a sensação de que se tornariam algo e me atacariam, já estava pirando claro.

Caminhei mais um pouco e parei em uma fonte que possui no meio da praça e ali sentei sob a sombra das arvores que rodeavam, diversas pessoas andavam para lá e para cá, com sacolas de compras, conversando ao celular, lembrei do meu celular na mochila, achando que devia ligar para meu pai, mas ele não tinha dado retorno então não deveria estar preocupado.

Fiquei sentado ali por um tempo, observando os pedestres.

por **Zeus** Seg Jan 21, 2013 3:01 pm

Levigarian não aguentava mais a monotonia de ficar m casa todos os dias. Isso não funcionava para um semideus.

O garoto saiu, sentiu o vendo, viu pessoas, tomou um sorvete... e encontrou um homem.

-Hey garoto. De que lado está nessa guerra? - Ele tinha a voz aspera (Como a voz do Wolverine) e falava com pressa e certeza.

O semideus reparou que ele usava um peitoral de bronze, um escudo médio e uma lança longa, porém o escudo estava em suas costas.
Ele tinha cerca de 1.80m e barba rala, aparentando cerca de 35 anos.

por **Levigarian B. Baudelaire** Ter Jan 22, 2013 1:02 pm

Fui abordado por uma pessoa que com toda certeza era louca.
Era um homem feito, tinha barba e notei que trajava um peitoral de bronzo, munido de lança e escudo.

Observei os pedestres, fiquei nervoso pelo homem.

_ Guerra? Perguntei ao homem sem entender ao que ele se referia. _ É alguma peça de teatro que esta sendo contracenada por aqui? Porque se é isso não sei lhe informar, me desculpe.

Fico olhando para o homem esperando uma resposta.

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 1:13 pm

-Ah é?!! Não sabe de nada!? - Diz ele colocando a ponta da lança em seu pescoço. - Seja homem e responda, seu verme! Ou está medo de escolher o lado errado e enfrentar o inimigo?!

Se alguma pessoa que passava no lugar notou algo de diferente nos dois, preferiu não interferir.

por **Levigarian B. Baudelaire** Ter Jan 22, 2013 1:18 pm

Ok, o cara era realmente louco.

_ Poderia por favor abaixar sua arma, não faço parte da sua peça teatral.

Peço com educação encarando o homem, afinal quem ele era para apontar um objeto afiado daqueles contra mim. Tudo bem que existem atores que vivem forçando pedestres a participar de suas atuações de ruas, mas isso já estava ultrapassando o ridículo e eu já falei que não sabia de peça alguma.

Fiquei esperando, encarando o homem, para que ele baixasse sua lança.

Observei que as pessoas não se aproximavam.

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 1:21 pm

Ele abaixa a arma.

-Não adianta disfarça! Sei que é um semideus, e não pense que é o único. Há dezenas de vocês pelo país. Aproveite enquanto é tempo, e escolha o lado certo! O resto do Ocidente já está sucumbindo ao poder dos titãs, e não será vocês que irão impedir a ascensão dos que nunca deviam ter saído do poder!

por **Levigarian B. Baudelaire** Ter Jan 22, 2013 1:26 pm

Ele mencionou a palavra semideus, como poderia saber sobre isso e sobre o que ele falava.

_ Espere, como sabe sobre mim? E que guerra você se refere? Não tenho conhecimento de nada, a pouco soube de minha origem embora desconheça meu progenitor, mas isso são coisas a serem vista, poderia me explicar o que esta acontecendo?

Fiquei olhando para o cara esperando uma resposta.

_ A propósito, me chamo Levigarian. Estendo a mão em cumprimento.

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 1:50 pm

O homem respira fundo, e não aperta a mão do garoto.

-Escute aqui...- Ele respira fundo de novo, tentando controlar a raiva - Você. É. Um. Semi. Deus. O mundo está em guerra! Os poderosos titãs estão se erguendo novamente, e os deuses estão morrendo, agora mesmo, nos EUA! E você, assim como outros vermes gregos, vão morrer, caso apoiem os malditos deuses, pois não têm chances contra o nosso poderoso exército!!- Ele ri com satisfação.

por **Levigarian B. Baudelaire** Ter Jan 22, 2013 2:10 pm

Notei no tom de voz do homem que ele estava começando a se estressar, isso não me agradava.

Ele mencionou os titãs, lembrei de ter lido sobre eles nos livros de mitologia, não eram nada simpáticos, mencionou querer por fim a aos deuses, isso não me agradou, por mais que eu não tivesse noticias e muito menos ideia de quem era meu progenitor, não poderia deixar que eles sucumbissem, sem analisar muito a situação, puxei a faca de minha mochila e cravei no coração do homem.

_ Não irá ajudar a derrubar os deuses, já escolhi meu lado. Olhei nos olhos do homem esperei ter acabado com sua vida ali diante dos pedestres.

Mas me mantive atento, não parei com a faca enfiada em seu peito, saltei para trás e mantive uma certa distância, onde a lança não me alcançasse.

Se ele defendesse com o escudo no momento em que invisto contra ele, impulsiono meu corpo contra o do homem para que ele caia e salto sobre ele passando a faca em seu pescoço.

Se ele erguer a lança contra mim, desvio dela, dou uma estocada com o braço na parte do bastão lançando-a para cima e vou contra o homem cravando a faca em sua barriga levando-a do umbigo até o coração, retiro a faca e recuo.

Me mantenho atento aos movimentos do homem, desviando sempre que possível, seja rolando ou saltando para ficar longe da lança ou sair de seu caminho, ataco sempre na oportunidade que surgir, tentando acertar suas pernas ou braços deferindo golpes com a faca.

por **Zeus** Ter Jan 22, 2013 2:31 pm

Levigarian ataca rapidamente, mas logo percebe que não seria tão fácil assim.

O homem ergue o escudo, e Levigarian tenta empurra-lo para o chão, mas o homem era mais forte. O semideus teria que vencê-lo na velocidade.

O homem empurra o garoto para trás com a mesma força que el usará para empurrar o soldado.
O garoto cambaleia e então pisa firma no chão, quando o homem tenta uma estocada reta no seu peito, tentando perfurá-lo.

Soldado: 200/200 HP

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Férias de Verão

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Férias de Verão

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Adeus férias de verão!!

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Adeus férias de verão!!

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Adeus vida normal, olá realidade!

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Uma caminha para tomar um sorvete!

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Um desconhecido no calçadão.

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Bancando o herói!

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