Re: Cuiabá - Mark

por **Mark** Dom Jan 20, 2013 10:47 pm

Respiro fundo... um pouco ofegante...
Pego a faca, sinto uma dor, relaxo... puxo o ar de novo... Arranco a faca!
Muita agonia, passando um pouco...
-Mãe... muita coisa aconteceu...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Depois de um tempo, todos mais calmos, minha perna enfaixada, tomado algumas pilulas e passado pomada na ferida, minha mãe a sós comigo em sua sala...
-Fale-me sobre meu pai- Comecei...
Não ia dizer nada pra ela enquanto ela não me explica-se algumas coisas...
-Bem... ok... eu não sou sua mãe de verdade, de sangue... aliás... disso você já sabe... Ela respira fundo... Seu pai, é um Deus Grego... da mitologia, e se chama Dionísio
Meu pai um Deus? Ótimo... Como lidar com isso?
-Eu não sabia disso... mas uma vez, ele veio em minha sala, e disse que seu destino era com os Deuses, que você iria ser perseguido por seres horrendos que querem sua morte, e que algo ruim está acontecendo com os deuses, e o reflexo disso, é todo esse problema internacional que está ocorrendo atualmente.
Fiquei calado... precisava absorver tudo aquilo... Mas tinha algumas duvidas...
-Quem é Dionísio?.
Janel respirou fundo e disse:
-Eu li alguns livros sobre mitologia, tenho até hoje... acho que voc^vai precisar... Ela pega um livro de sua gaveta Dionísio, é o Deus grego do Vinho
Vinho?
-Vinho?
-Sim, era um semideus, filho de Humano com Mortal, o que você também é... Mas ele descobriu o vinho e ficou famoso por isso, e tornando um dos deuses olimpianos, personificação da alegria, festas, e prazer...
-é, tem a ver comigo...
Ela me encarou... série e curiosa
-... a parte das festas e alegria....
Ela desviou o olhar...
-Foi ele quem solicitou-me para que você treina-se com facas... por que você demostraria que tem habilidades de combate, e seu rápido progresso comprovou tudo...
-Interessante...é, eu senti uma facilidade... e também falo com Leopardos..
Ela pareceu perplexa e disse
-Dionísio tinha como símbolo vários felinos, incluindo os leopardo...
Levantei um olhar...
-Eu conversava com aquele que a gente teve aqui no circo... mas ele se foi e não falei nada por que iriam me achar maluco, hoje eu falei com um também, ele quem me deu aqueles itens...
Apontei para o elmo e peitoral, que estavam na sua sala, haviam trago... a Espada estava ao lado também.
-Aquilo foi seu pai, tenho certeza...
-Aquela mulher era uma feiticeira, ela tinha usado os corpos de vocês como fantoches, você estava sangrando e etc... mas no final, era tudo uma ilusão, você estava intacta. Ela movimentou algumas facas e uma parou na minha perna... eu arranquei o braço dela e golpeei sua cabeça, ela virou Pó... E o mais estranho, era que, eu tinha tacado uma faca, e ela passou pela mulher, como se ela fosse nada... Só consegui danifica-la com essa espada.
Minha mãe ficou pensativa...
-Que consideração hein, te dar uma espada sendo que te treinei com facas!
Ela tinha um ponto.
-Pois é, vou ter que me virar com ela...
Minha mãe ficou um tanto pensativa e falou...
-Eu posso te ajudar... eu conheço muito de facas e sei muito bem aonde tem gente que pode forjar facas pra você, mas isso vai lhe custar o elmo...Nem peço a espada, seria perigoso você não ter com o que se defender, e acho que você teria, no máximo, duas facas de Bronze Celestial, e olha que posso estar errada.

Meus olhos se iluminaram
-Nossa! seria muito mais fácil para mim... Mas, acho que tentariam roubar não? é um metal muito bonito!
-Você está certo... mas acho que não... Dionísio me falou de alguma névoa mágica que separa o mundo grego do humano, e essa névoa oculta coisas do lado de lá... bom, é o que sei. Acho que iremos conseguir...

-Perfeito...

Terminamos algumas coisas e fui dormir, levei minha espada, que descobri ser, na verdade uma espaTa, uma espada de cavalaria... dormi com ela do meu lado.

O outro dia amanheceu, eu segurei a espata, ela ainda estava ali. Hoje não teria espetáculo, tudo bom, mas teria treino...
Mamãe saíra bem cedo, levou o elmo para a oficina metalúrgica que iria fabricar adagas de arremesso e foi contratar uma nova vassoureira, não sei quantos dias seria preciso para aquilo ficar pronto, mas quanto mais cedo, melhor. Levantei, sentindo uma dorzinha no pé, peguei minhas facas e fui até a área que me foi preparada para os treinos, Haviam toras de madeira circular para eu atirar as facas. Senti numa cadeira e peguei as facas, uma por uma, ai atirando, acertando a maioria, errando um pouco as vezes... minha espata estava sempre de lado, ignorava qualquer outro trabalhador dali e seus olhares curiosos. Quando as facas acabavam, me levantava e catava-as, indo me sentar de novo e atirando... Depois de um bom tempo, o que se passou umas duas horas, fui me deitar de novo... guardei a espada dentro da coberta que eu estava...

por **Hades** Seg Jan 21, 2013 12:10 pm

Após o acidente, Mark, ouviu toda a verdade sobre sua origem que sua mãe tinha para lhe contar. Aquilo abalou um pouco o garoto, mas nada que uma reflexão não fizesse passar. Na manhã seguinte, dia 4 fevereiro, o garoto foi treinar com suas facas em um local a afastado de todos, esperando que sua mente se anuviasse. Algumas horas passam após o treino dele e já é final de tarde e sua mãe não havia voltado para o circo.
O o filho de Dionísio começa a ficar tenso com a demora de sua mãe, mas perto da hora do jantar ela volta, com a notícia que só iria conseguir terminar no outro dia, pois como era um metal com que ela nunca havia trabalhado, complicações e erros apareceram no caminho.

por **Mark** Seg Jan 21, 2013 12:42 pm

-Ela voltou
Manquei de leve até a mamãe e abracei-a, ela me da a notícia de que só amanhã iriamos conseguir alguma coisa... concordo...

Ela vai até sua sala e volta com o livro de mitologia.
-Olha, você vai precisar acho... leia.
Peguei o livro... ele parecia interessante. Sentei na cama e tentei ler, com uma certa dificuldade, devido a dislexia, mas forcei um pouco e consegui.
Passei o dia lendo sobre mitologia, uma hora, tive que chamar minha mãe para ler pra mim por que meus olhos doíam...
Ouvindo todas aquelas histórias, sangrentas e tragédias... comecei a pensar... e conclui, que eu deveria abandonar o circo, ir para algum lugar, não queria que as coisas de minha mãe ruíssem. Após ela terminar de contar sobre Afrodite e seu caso com Ares, o deus da guerra... e as trapaças de Hefesto, falei:
-Mãe... preciso de dinheiro...
Ela me olhou aturdida.
-Mas... pra quê?
Olhei pra ela, uma lágrima caiu...
-Por que eu quero sair do circo... vocês correm perigo comigo aqui. Pelo que você falou dos monstros, existem piores do que aquela feiticeira, e trazê-los para casa não é uma boa ideia.
Ela chorou... lagrimas caíram no livro de mitologia... Ela enxugou os olhos e olhou para mim
-Bem que Seu pai falou... é o seu destino... e infelizmente, eu tenho que concordar
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
No outro dia, acordei melhor, o que aconteceu ontem era para um bom propósito, eu ia viver...tinha esperança...
De manhã cedo, mamãe saiu novamente, minha perna doía, mas pelo menos eu não mancava. Acordei com uma surpresa,mamãe colocara as toras de madeira na minha tenda, sem eu ter necessidade de ir até a área de treino, poderia treinar ali no meu quarto mesmo. Havia uma tela de proteção atrás das toras (afinal, meu quarto era feito de panos agrupados em cone e abertos, se uma faca escapasse, acertaria o palhaço da outra tenda e eu teria sérios problemas)
Sentei na cama, puxei a gavetinha do criado mudo, onde estava deitada minha espata. Peguei as lâminas de dentro e comecei a atirar, uma por uma... imaginava a cabeça da feiticeira nas toras de madeira, rindo pra mim...
''Eu sei o que você está sentindo...''
Vaca... ninguém brinca com a minha família...

Mamãe chegou tarde de novo, e com uma nova vassoureira. Dessa vez, era uma linda menina peituda de cabelos negros, eu já tinha visto-a nos shows, ela parecia gostar do circo. Se chamava Isabelle. Gamei nela...
Mas logo esqueci ela quando minha mãe trouxe duas facas.
Uma, era uma adaga, não muito trabalhada mas com suas ''chiquesas'', detalhezinhos bonitinhos de videiras. A outra faca, era menor, e era uma faca comum de arremesso.
-é... essa faca é menor, tinha pouco material para fazer uma dessas... Mas a outra esta bem bonita, é uma adaga propícia para arremesso... você sabe, qualquer faca serve de arremesso, o que garante o golpe é a técnica e não o tipo de faca. Mas fiz uma padrão, como a nossa, para você não ter dificuldade na hora de atravessar algum monstro.
Abracei ela, peguei a faca e meus lhos brilharam...
-Vou chamar essa pequena de ''Circus''... e maior, vou chamar de ''Duquesa'',por que ela é chique Dei uma risada...
ela riu também..
-É...gostei dos nomes... Ela riu um pouco...
-Ganhei três presentes hoje...!
Ela me olhou desconfiada...
-Três? Apontei o queixo para a vassoureira nova... Ela se virou e fez uma cara de deboche Ai ai... não mereço....
Comecei a rir...
-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
O outro dia, era dia 8, dia em que eu iria embora... pegaria o ônibus umas 17:00 e foi um dia de despedidas... Me despedi de todos, dizia que era importante, mas que um dia, quando o circo viajasse, a gente iria se encontrar....
Minha despedida com a nova vassoureira foi diferente e rolou no meu quartenho -q
Minha mãe veio com um bolo de dinheiro.
-Gaste inteligentemente, e arranje algo para se manter...
Ela estava tentando segurar as lagrimas... agindo autoritariamente. Contei uns 1000 reais... era o suficiente.
Subimos na moto e fomos em direção a rodoviária.
Iria para Brasília.

por **Hades** Seg Jan 21, 2013 5:10 pm

Todas as pessoas do circo foram se despedir, cada um a sua maneira, mas todos chateados com a ida da nova atração de sucesso. A mãe de Mark garantiu o dinheiro para a viajem do garoto, uma viajem para Brasília. Ao levar seu filho para a rodoviária ela abraça-o e não o solta durante alguns minutos, dá as últimas instruções para ele o vê partindo para comprar uma passagem.

Tudo ia normalmente, o garoto já se curara do ferimento e agora contava duas novas armas para a sua defesa. O dia esta acabando, sua viagem iria começar por volta das 17:00, mas atrasou-se meia hora, por motivos de mau funcionamento do veículo. Mas dada a hora prometida para o começo da viagem, Mark embarca, prestando atenção a todos que ali se encontram, ao primeiro olhar nenhum parecia suspeito, e isso tranquiliza sua viagem.

Com paradas em certos pontos, para reabastecer e as trocadas de turno de motoristas a viagem chega em Brasilia depois 12 horas de viagem.

por Conteúdo patrocinado